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Discípulo de Jesus, casado com Clélia, pai da Victória e feliz por tudo isso.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

NO RIO DE DEUS


Ezequiel capítulo 47 versículos 1 a 12

1 - Depois disso me fez voltar à entrada do templo; e eis que saíam umas águas por debaixo do limiar do templo, para o oriente; pois a frente do templo dava para o oriente; e as águas desciam pelo lado meridional do templo ao sul do altar.
2 - Então me levou para fora pelo caminho da porta do norte, e me fez dar uma volta pelo caminho de fora até a porta exterior, pelo caminho da porta oriental; e eis que corriam umas águas pelo lado meridional.
3 - Saindo o homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir, mediu mil côvados, e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos artelhos.
4 - De novo mediu mil, e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; outra vez mediu mil, e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos lombos.
5 - Ainda mediu mais mil, e era um rio, que eu não podia atravessar; pois as águas tinham crescido, águas para nelas nadar, um rio pelo qual não se podia passar a vau.
6 - E me perguntou: Viste filho do homem? Então me levou, e me fez voltar à margem do rio.
7 - Tendo eu voltado, eis que à margem do rio havia árvores em grande número, de uma e de outra banda.
8 - Então me disse: Estas águas saem para a região oriental e, descendo pela Arabá, entrarão no Mar Morto, e ao entrarem nas águas salgadas, estas se tornarão saudáveis.
9 - E por onde quer que entrar o rio viverá todo ser vivente que vive em enxames, e haverá muitíssimo peixe; porque lá chegarão estas águas, para que as águas do mar se tornem doces, e viverá tudo por onde quer que entrar este rio.
10 - Os pescadores estarão junto dele; desde En-Gedi até En-Eglaim, haverá lugar para estender as redes; o seu peixe será, segundo a sua espécie, como o peixe do Mar Grande, em multidão excessiva.
11 - Mas os seus charcos e os seus pântanos não sararão; serão deixados para sal.
12 - E junto do rio, à sua margem, de uma e de outra banda, nascerá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer. Não murchará a sua folha, nem faltará o seu fruto. Nos seus meses produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário. O seu fruto servirá de alimento e a sua folha de remédio.


O texto acima está registrado no livro do grande profeta Ezequiel. Esse profeta, filho de sacerdote, viveu em um dos períodos mais caóticos de toda a história do povo de Israel, durante o cativeiro babilônico. Ainda jovem foi chamado para o ministério profético e é interessante como Deus faz da vida de um homem a sua mensagem profética.

Foi assim com Isaias, quando Deus lhe ordenou que colocasse em seu filho o nome que Ele próprio havia designado – Maer-Salal-Has-Baz, para representar à nação o juízo de Deus.
Foi assim com Oséias, quando Deus lhe ordenou que se casasse com Gômer, uma prostituta, e depois permitiu que o profeta fosse abandonado por ela, para representar ao povo de Israel sua infidelidade ao seu Deus.

Com Ezequiel não foi diferente. No capítulo 4 isso fica muito claro: Deus ordenou que o profeta ficasse deitado sobre seu lado esquerdo durante 390 dias, depois do lado direito por mais 40 dias. No mesmo capítulo, Deus dá uma ordem no mínimo nojenta para o profeta: “Você comerá bolos de cevada cozidos sobre fezes humanas”. O profeta reclamou dizendo que nunca havia comido nada impuro e Deus teve “compaixão” dele mandando que não fizesse o bolo sobre fezes humanas e sim de vacas. No capítulo 24 Deus mais uma vez coloca a vida do profeta como sinal para a nação: Deus ceifa a vida de sua esposa e sequer permite que ele chore sua perda. O povo fica perplexo com sua reação diante da morte de sua esposa, e o profeta explica que assim como aconteceu com ele, assim Deus tratará o povo e, como ele reagiu, assim o povo reagirá.

Com todos esses episódios, Deus está nos ensinando que não dá para termos uma “meia-vida” diante Dele. Ou entramos pelo caminho da totalidade da vida com Deus, ou não estamos aptos ao seu Reino. Jesus enfatizou isso: “Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus”. (Lucas 9.62) Quem vive coxeando entre dois pensamentos, nunca sabe se àquela hora está adorando ao Deus Vivo ou beijando os lábios do baal morto.

Não dá para ir à igreja no domingo, cantar, bater palmas, levantar as mãos, dar glória e aleluia e na segunda-feira sair por aí vivendo como se fôssemos do mundo. Não dá para ir para o culto na quinta-feira e na sexta-feira cair na gandaia, como se fôssemos filhos de Belial.

Relacionamento com Deus é construído na ambiência diária, como se nada que nos pertencesse, e de fato nada mesmo, estivesse alheio a Deus, ou ainda como se tudo que nos ocorresse, e de fato tudo mesmo, fosse orquestrado por Deus, para servir a um propósito muito maior que não o nosso próprio umbigo ou nossa existência vazia de significado, longe do Deus que sempre faz tudo em todos e por todos.

Isaias, Oséias, Ezequiel e tantos outros e outras, descobriram essa verdade, ainda que com um custo altíssimo, e se tornaram homens e mulheres que foram tremendamente fiéis a Deus.

O relacionamento de Ezequiel com Deus sempre foi muito intenso. E nessa intensidade de relacionamento, Deus faz ao profeta inúmeras revelações, uma delas é a do texto citado acima.

O profeta está totalmente dominado pelo Espírito do Senhor e é levado a um alto monte no capítulo 40, onde Deus começa a lhe mostrar várias visões: Ele mostra a restauração do templo; a glória de Deus que havia se retirado do templo no capítulo 10, agora volta no capítulo 43; a divisão da terra, entre outras.
E no capítulo 47, Deus o leva a entrada do templo onde ele começa a ter a visão do rio de águas purificadoras que brotam do próprio templo.

O homem com o cordel de medir marcou aproximadamente 500m, tomou o profeta pela mão e o fez passar por aquelas águas. Mediu mais 500m e tomou pela mão e o fez passar por aquelas águas. Mediu ainda outros 500m e tomando o profeta pela mão o fez passar por aquelas águas. E mediu 500m pela última vez e o profeta já não podia caminhar por aquelas águas.

Existe uma vida abundante de Deus para nós. O rio que nasce do lado ferido de Jesus corre levando vida, restauração, prosperidade.

O texto diz que o profeta foi colocado à margem do rio e lá pôde contemplar os milagres que aquelas águas realizavam onde quer que chegassem.

O versículo 7 diz que a beira do rio havia “grande abundância de árvores”.
Árvores são essenciais à vida. No limiar desse rio existe tudo aquilo que é essencial à nossa existência. Deus conhece nossas necessidades e Ele próprio se encarrega de supri-las.

Os versículos 8 e 9 dizem que quando essas águas chegam ao Mar Morto, suas águas se tornam saudáveis.
O Mar Morto leva esse nome por sua grande concentração de sal, dez vezes superior a outros mares e oceanos. Isso impossibilita a existência de qualquer tipo de vida animal ou vegetal. Mas quando as águas do rio da vida chegam, tudo nele passa a ter vida.

O versículo 10 diz que “haverá lugar para estender as redes”.
O período de estender as redes é aquele em que o pescador pára seu trabalho e descansa, além de concertar as redes. Onde o rio da vida passa há lugar para se parar e descansar, lugar para se ficar a sós com Deus e “concertar nossas redes” emocionais e/ou existenciais.

O versículo 12 diz que a abundância de árvores continuará e que não haverá escassez. As folhas das árvores não cairão e seu fruto não apodrecerá. Haverá frutos novos pelo simples fato de as águas saírem do santuário e banhá-las. Haverá prosperidade e cura.

O profeta vê tudo isso e é convidado a participar desse mover de Deus.

O homem com o cordel de medir pergunta ao profeta: “Você está vendo tudo isso?”.
Você consegue compreender tudo o que está acontecendo?

O profeta é levado pelo homem até ao rio, e chega um ponto em que não dá mais para ficar apenas na superfície, ele é obrigado a nadar.

O profeta é estimulado pelo homem que não o deixa parado, arrasta o profeta pela mão e o leva as águas profundas.

Assim Deus quer fazer conosco. Não é tempo de ficar estagnado. É tempo de marchar, de nadar nas águas profundas do Espírito Santo. Deus quer nos tomar pelas mãos e nos levar para o rio do Espírito.
Existe um rio, puro da água da vida, claro como cristal, que procede do trono de Deus e do Cordeiro, que em sua praça está o trono de Deus e do Cordeiro. Ali não há mais maldição contra alguém, não há mais noite, nem há necessidade de lâmpada pois o próprio Senhor Deus os ilumina e onde todos os servos de Deus e do Cordeiro reinarão para todo o sempre.
Acredite nisso.
No amor Daquele que se deixou ferir, para que Dele fruisse o rio que sacia nossa sede.
Deus te abençoe.

Um comentário:

Pr. Silvio Costa disse...

Meu Pr. o Sr. estava inspirado quando tirou esta mensagem...
Q o Sr. d toda Graça continue lhe dando toda a Graça no seu Ministerio. Deus te abençoe, no amor de Cristo Pr. Silvio Costa.