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Discípulo de Jesus, casado com Clélia, pai da Victória e feliz por tudo isso.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

MATRÍCULAS ABERTAS


TRÊS ESCOLAS DE DISCIPULADO

Evangelho de Jesus escrito por Marcos capítulo 5 versículos 33 a 39

“E eles lhe disseram: “Os discípulos de João jejuam e oram freqüentemente, bem como os discípulos dos fariseus; mas os teus vivem comendo e bebendo”.
Jesus respondeu: “Podem vocês fazer os convidados do noivo jejuar enquanto o noivo está com eles”?
Mas virão dias quando o noivo lhes será tirado; naqueles dias jejuarão”.
Então lhes contou esta parábola: “Ninguém tira um remendo de roupa nova e o costura em roupa velha; se fizer, estragará a roupa nova, além do que o remendo da nova não se ajustará à velha.
E ninguém põe vinho novo em vasilha de couro velha; se o fizer, o vinho novo rebentará a vasilha, se derramará e a vasilha se estragará.
Ao contrário, vinho novo deve ser posto em vasilha de couro nova.
E ninguém, depois de beber o vinho velho, prefere o novo, pois diz: ‘ O vinho velho é melhor’ ”. (NVI)



Jesus sempre foi alguém que gostou de desafiar as convenções humanas e se especializou em quebrar protocolos. Com freqüência, se reunia com os párias da sociedade de sua época, para desespero dos preconceituosos de plantão.
Samaritanos, publicanos, prostitutas, endemoninhados, portadores de necessidades especiais, hipócritas (fariseus, saduceus, doutores da lei, escribas e afins); qualquer que fosse a pessoa que o convidasse, seja para uma refeição, uma festa, uma visita ou simplesmente uma boa conversa, ele estava lá.
Não se importava com aquilo que poderiam pensar a seu respeito.

Agora ele está passando em um local de coleta de impostos e encontra um desses marginalizados.
Levi, cobrador de impostos, raça detestada pelos judeus.
Daqueles, que se você encontra na rua, muda de calçada.
Gente indecente, sem moral, sem valor (menos para Jesus).

Levi recebe o convite do Mestre e sem mais tardança, deixa tudo para trás e se manda seguindo o Galileu. Deixa o emprego, a posição, o dinheiro, a mordomia, tudo!
Levanta-se e vai após Jesus.

Com o coração transbordando de Deus, Levi resolve dar um grande banquete para Jesus em sua casa.
Sabe como é novo convertido, cheio de vontade de testemunhar.
A vontade era tanta que ele estendeu o convite para muita gente, entre os quais, outros cobradores de impostos.
E no meio da negada, vieram os fariseus e seus correligionários.
Êta gente boa!
Se tem gente boa na terra, é o tal do fariseu!
Gente boa!
Boa de se converter!

Essa gente é tão mesquinha que nunca consegue se alegrar com nada.
Tudo para os caras é escândalo.
A moçada estava toda de boa, se fartando da mesa oferecida por Mateus, ouvindo as boas histórias que Jesus contava, e eles lá, fazendo beicinho, se queixando de Jesus e seus discípulos comerem e beberem com publicanos e “pecadores” (olha só quem fala!).

Se parecem com o filho que ficou em casa na parábola de Lucas capítulo 15!
O mais novo volta todo arrependido por ter metido o pau no dinheiro do velho e quebrado a cara.
O pai, que poderia ter impedido aquele avilte, mas permaneceu imóvel, preferindo respeitar a liberdade de escolha do filho (sim, porque até o melhor pai, sabe até onde vão seus limites de autoridade e poder de veto, se não fosse assim Deus não teria permitido que o homem pecasse no Éden), o recebe com o coração totalmente puro e pacificado pela graça, coloca nele a melhor roupa, bota um anel em seu dedo, calçados nos pés, mata o novilho cevado, chama o sanfoneiro e decreta a festa até o sol raiar.

O outro filho, que nunca parava, só ralava, só vivia no campo, ouve a musica, percebe a dança, mas não entra!
Chama alguém para fora e começa a perguntar o que é aquilo. “É teu irmão, rapaz!” – responde o servo – “Tá de volta! E teu pai tá feliz que ele só! O velho tá que não se agüenta de tanta alegria! Sente o cheiro de churrasco? O novilho gordo tá na brasa! Estamos celebrando a volta de teu irmão, são e salvo!”.

O cara pira!
Enlouquece!
A ira toma conta do seu coração!
O pai tem que sair da festa para tentar convencê-lo a entrar.
E aí ele revela toda sua fossa interior: “Estou ralando como escravo teu faz vários anos” - diz ele ao pai – “Nunca fui insubmisso. Meus amigos estão de prova que eu nunca recebi de ti um cabrito, para fazer um único churrasco sequer! E agora isso, esse teu filho volta (nem de irmão o chamou) e você dá para ele o novilho que eu engordei!”.

O camarada é dono de tudo e nunca usufrui de nada.
O pai é dele, o irmão é dele, o cabrito é dele, o novilho cevado é dele.
Meu tudo é do cara e ele vive como se nada tivesse!
Como tem gente idiota no mundo!

Como tem gente religiosamente idiota no mundo!
Na mente deles, os fariseus, se a pessoa não for da mesma laia, se não se comportar igual a eles, é “publicano e pecador”.
Não tem direito a nada.
Igualzinho ao irmão mais velho.

Era esse tipo de gente que havia aparecido no jantar na casa de Levi.
Doentes que não se davam conta que ali estava o médico por excelência.
Aquele que poderia lhes curar de toda e qualquer doença causada pelo farisaísmo.
Gente tão ensimesmada, que tinha tudo e não possuía nada, porque estava sempre fechada para Deus.
E como diz meu amigo Juliano Marcel: “Aquele que não tem percepção de sua queda, nunca se abrirá para a significação da graça!”.

E até que Jesus tentou esclarecer a mente deles.
Sua fala é de alerta: “Não são os que têm saúde... eu não vim chamar os justos...”, mas não resolveu.
Jesus até tentou levar a conversa para outro campo, mas eles estavam tão preocupados com a aparência da cena, que não conseguiram discernir no coração sua mensagem.

Como eles não gostavam da Palavra Viva, trataram logo de desconversar.
“Vamos falar de jejum e oração, isso sim é importante! Cura para alma, justiça, arrependimento, novidade de vida? Isso não serve para nós! Vamos falar daquilo que é palpável”.

Ê, Zé Povinho!
Sua filosofia é que, se “jejuar e orar”, não se pode “comer e beber”.
Essa filosofia diz que é preciso ser radical.
Tudo em nome do radicalismo.
E como tem gente vivendo sob o signo dessa filosofia.
Tem gente morrendo e matando em nome do radicalismo, haja vista os famigerados homens-bombas pelo mundo afora.
São alunos matriculados na escola dirigida pelos amigos de Jó!
Nota 10 na disciplina auto-suficiência!
Nota 100 na auto-justificação!
Nota 1000 na autopromoção!

E eu fico me perguntando: “Em qual escola estou matriculado?”.
Será na de João?
Será na dos fariseus?
Ou será na de Jesus?

Porque as três estão aí, de portas e matrículas abertas!
E em qual delas tenho aprendido sobre espiritualidade?
Se a minha espiritualidade é baseada na lei, sou discípulo de João.
Se é baseada na aparência, sou discípulo dos fariseus.
Se estou em uma dessas duas escolas, estou vivendo longe do Noivo.

Qualquer espiritualidade que não seja segundo Jesus e que não aponte para o Deus de Jesus é “remendo de pano novo em roupa velha!”.

Por mais que tenha o “jeitão” de Deus, que se pareça com Ele, que fale Dele, que cante para Ele, que se movam os céus e a terra em nome Dele, que se operem sinais e milagres em nome Dele, se não for segundo o Evangelho Eterno, que é Jesus, é vinho novo em odre velho!

E só existe sentido em ser discípulo se for para ficar próximo ao Noivo.
Só tem valor aquela espiritualidade que brota de uma vida nova totalmente conservada em “vasilha de couro nova”.
Se tentar colocar o vinho novo, que é a boa nova do Evangelho, em odres velhos, que é o espírito da religião, com certeza o resultado será o vinho derramado e a vasilha arrebentada.
Mas se o vinho novo for posto em um odre novo – consciência cristocêntrica – ambos se conservarão!

E aí, quando expressarmos nossa nova e madura espiritualidade, não baseada em performances e sim em vida abundante, ninguém se deixará levar pelo apelo do vinho jovem, que é carregado de radicalismo, mas preferirá o vinho amadurecido, aquele que fora posto novo em odres novos, dizendo: “Quão melhor é o vinho velho!”.

As escolas estão com muitas vagas. Façam suas matrículas!

Antes, porém, analise as “propostas pedagógicas” e os “conteúdos programáticos” com muito cuidado.

Se fizer a escolha errada, você tem muito a perder!

Pense nisso!

No Amor Daquele que tem, Ele só, o vinho que é melhor; que não colocou remendo de pano novo em nossa vida velha, antes nos deu vida totalmente nova e que nos chama para andar com Ele, como discípulos!
Deus te abençoe!
Adriano Roberto
21/08/2008

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