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Bragança Paulista, São Paulo, Brazil
Discípulo de Jesus, casado com Clélia, pai da Victória e feliz por tudo isso.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

MATRÍCULAS ABERTAS


TRÊS ESCOLAS DE DISCIPULADO

Evangelho de Jesus escrito por Marcos capítulo 5 versículos 33 a 39

“E eles lhe disseram: “Os discípulos de João jejuam e oram freqüentemente, bem como os discípulos dos fariseus; mas os teus vivem comendo e bebendo”.
Jesus respondeu: “Podem vocês fazer os convidados do noivo jejuar enquanto o noivo está com eles”?
Mas virão dias quando o noivo lhes será tirado; naqueles dias jejuarão”.
Então lhes contou esta parábola: “Ninguém tira um remendo de roupa nova e o costura em roupa velha; se fizer, estragará a roupa nova, além do que o remendo da nova não se ajustará à velha.
E ninguém põe vinho novo em vasilha de couro velha; se o fizer, o vinho novo rebentará a vasilha, se derramará e a vasilha se estragará.
Ao contrário, vinho novo deve ser posto em vasilha de couro nova.
E ninguém, depois de beber o vinho velho, prefere o novo, pois diz: ‘ O vinho velho é melhor’ ”. (NVI)



Jesus sempre foi alguém que gostou de desafiar as convenções humanas e se especializou em quebrar protocolos. Com freqüência, se reunia com os párias da sociedade de sua época, para desespero dos preconceituosos de plantão.
Samaritanos, publicanos, prostitutas, endemoninhados, portadores de necessidades especiais, hipócritas (fariseus, saduceus, doutores da lei, escribas e afins); qualquer que fosse a pessoa que o convidasse, seja para uma refeição, uma festa, uma visita ou simplesmente uma boa conversa, ele estava lá.
Não se importava com aquilo que poderiam pensar a seu respeito.

Agora ele está passando em um local de coleta de impostos e encontra um desses marginalizados.
Levi, cobrador de impostos, raça detestada pelos judeus.
Daqueles, que se você encontra na rua, muda de calçada.
Gente indecente, sem moral, sem valor (menos para Jesus).

Levi recebe o convite do Mestre e sem mais tardança, deixa tudo para trás e se manda seguindo o Galileu. Deixa o emprego, a posição, o dinheiro, a mordomia, tudo!
Levanta-se e vai após Jesus.

Com o coração transbordando de Deus, Levi resolve dar um grande banquete para Jesus em sua casa.
Sabe como é novo convertido, cheio de vontade de testemunhar.
A vontade era tanta que ele estendeu o convite para muita gente, entre os quais, outros cobradores de impostos.
E no meio da negada, vieram os fariseus e seus correligionários.
Êta gente boa!
Se tem gente boa na terra, é o tal do fariseu!
Gente boa!
Boa de se converter!

Essa gente é tão mesquinha que nunca consegue se alegrar com nada.
Tudo para os caras é escândalo.
A moçada estava toda de boa, se fartando da mesa oferecida por Mateus, ouvindo as boas histórias que Jesus contava, e eles lá, fazendo beicinho, se queixando de Jesus e seus discípulos comerem e beberem com publicanos e “pecadores” (olha só quem fala!).

Se parecem com o filho que ficou em casa na parábola de Lucas capítulo 15!
O mais novo volta todo arrependido por ter metido o pau no dinheiro do velho e quebrado a cara.
O pai, que poderia ter impedido aquele avilte, mas permaneceu imóvel, preferindo respeitar a liberdade de escolha do filho (sim, porque até o melhor pai, sabe até onde vão seus limites de autoridade e poder de veto, se não fosse assim Deus não teria permitido que o homem pecasse no Éden), o recebe com o coração totalmente puro e pacificado pela graça, coloca nele a melhor roupa, bota um anel em seu dedo, calçados nos pés, mata o novilho cevado, chama o sanfoneiro e decreta a festa até o sol raiar.

O outro filho, que nunca parava, só ralava, só vivia no campo, ouve a musica, percebe a dança, mas não entra!
Chama alguém para fora e começa a perguntar o que é aquilo. “É teu irmão, rapaz!” – responde o servo – “Tá de volta! E teu pai tá feliz que ele só! O velho tá que não se agüenta de tanta alegria! Sente o cheiro de churrasco? O novilho gordo tá na brasa! Estamos celebrando a volta de teu irmão, são e salvo!”.

O cara pira!
Enlouquece!
A ira toma conta do seu coração!
O pai tem que sair da festa para tentar convencê-lo a entrar.
E aí ele revela toda sua fossa interior: “Estou ralando como escravo teu faz vários anos” - diz ele ao pai – “Nunca fui insubmisso. Meus amigos estão de prova que eu nunca recebi de ti um cabrito, para fazer um único churrasco sequer! E agora isso, esse teu filho volta (nem de irmão o chamou) e você dá para ele o novilho que eu engordei!”.

O camarada é dono de tudo e nunca usufrui de nada.
O pai é dele, o irmão é dele, o cabrito é dele, o novilho cevado é dele.
Meu tudo é do cara e ele vive como se nada tivesse!
Como tem gente idiota no mundo!

Como tem gente religiosamente idiota no mundo!
Na mente deles, os fariseus, se a pessoa não for da mesma laia, se não se comportar igual a eles, é “publicano e pecador”.
Não tem direito a nada.
Igualzinho ao irmão mais velho.

Era esse tipo de gente que havia aparecido no jantar na casa de Levi.
Doentes que não se davam conta que ali estava o médico por excelência.
Aquele que poderia lhes curar de toda e qualquer doença causada pelo farisaísmo.
Gente tão ensimesmada, que tinha tudo e não possuía nada, porque estava sempre fechada para Deus.
E como diz meu amigo Juliano Marcel: “Aquele que não tem percepção de sua queda, nunca se abrirá para a significação da graça!”.

E até que Jesus tentou esclarecer a mente deles.
Sua fala é de alerta: “Não são os que têm saúde... eu não vim chamar os justos...”, mas não resolveu.
Jesus até tentou levar a conversa para outro campo, mas eles estavam tão preocupados com a aparência da cena, que não conseguiram discernir no coração sua mensagem.

Como eles não gostavam da Palavra Viva, trataram logo de desconversar.
“Vamos falar de jejum e oração, isso sim é importante! Cura para alma, justiça, arrependimento, novidade de vida? Isso não serve para nós! Vamos falar daquilo que é palpável”.

Ê, Zé Povinho!
Sua filosofia é que, se “jejuar e orar”, não se pode “comer e beber”.
Essa filosofia diz que é preciso ser radical.
Tudo em nome do radicalismo.
E como tem gente vivendo sob o signo dessa filosofia.
Tem gente morrendo e matando em nome do radicalismo, haja vista os famigerados homens-bombas pelo mundo afora.
São alunos matriculados na escola dirigida pelos amigos de Jó!
Nota 10 na disciplina auto-suficiência!
Nota 100 na auto-justificação!
Nota 1000 na autopromoção!

E eu fico me perguntando: “Em qual escola estou matriculado?”.
Será na de João?
Será na dos fariseus?
Ou será na de Jesus?

Porque as três estão aí, de portas e matrículas abertas!
E em qual delas tenho aprendido sobre espiritualidade?
Se a minha espiritualidade é baseada na lei, sou discípulo de João.
Se é baseada na aparência, sou discípulo dos fariseus.
Se estou em uma dessas duas escolas, estou vivendo longe do Noivo.

Qualquer espiritualidade que não seja segundo Jesus e que não aponte para o Deus de Jesus é “remendo de pano novo em roupa velha!”.

Por mais que tenha o “jeitão” de Deus, que se pareça com Ele, que fale Dele, que cante para Ele, que se movam os céus e a terra em nome Dele, que se operem sinais e milagres em nome Dele, se não for segundo o Evangelho Eterno, que é Jesus, é vinho novo em odre velho!

E só existe sentido em ser discípulo se for para ficar próximo ao Noivo.
Só tem valor aquela espiritualidade que brota de uma vida nova totalmente conservada em “vasilha de couro nova”.
Se tentar colocar o vinho novo, que é a boa nova do Evangelho, em odres velhos, que é o espírito da religião, com certeza o resultado será o vinho derramado e a vasilha arrebentada.
Mas se o vinho novo for posto em um odre novo – consciência cristocêntrica – ambos se conservarão!

E aí, quando expressarmos nossa nova e madura espiritualidade, não baseada em performances e sim em vida abundante, ninguém se deixará levar pelo apelo do vinho jovem, que é carregado de radicalismo, mas preferirá o vinho amadurecido, aquele que fora posto novo em odres novos, dizendo: “Quão melhor é o vinho velho!”.

As escolas estão com muitas vagas. Façam suas matrículas!

Antes, porém, analise as “propostas pedagógicas” e os “conteúdos programáticos” com muito cuidado.

Se fizer a escolha errada, você tem muito a perder!

Pense nisso!

No Amor Daquele que tem, Ele só, o vinho que é melhor; que não colocou remendo de pano novo em nossa vida velha, antes nos deu vida totalmente nova e que nos chama para andar com Ele, como discípulos!
Deus te abençoe!
Adriano Roberto
21/08/2008

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

UM GRANDE CONFLITO



O DESVALOR DAS RELIGIOSIDADES X O SER UMA NOVA CRIATURA

Epístola aos Gálatas capítulo 6 versículos 11 a 15:
"Todos os que querem mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo. Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a lei, mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne. Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura".

Ao analisar as religiosidades que nos são apresentadas pelas mais diversas agências de salvação de nossos dias, me é comum perceber dois extremos. Um deles será representado aqui pela circuncisão, e eu o chamo: "O Caminho da Auto-justificação" (definição "adrianística"). O outro, que estará representado pela incircuncisão, será denominado: "Corrente Liberalista" (idem).
Dessas duas variantes têm dependido a maioria das religiosidades atuais.
Seja na denominação em que for: cristã evangélica e/ou católica, espírita, kardecista, budista, muçulmana, hinduísta ou qualquer outra, elas são marcadas, hora pelo excesso de dogmas, regras, códigos de ética ou de conduta, regimentos internos, ou então pela total ausência dos mesmos.
A síntese desses dois extremos é: por parte do "Caminho", levar as pessoas a imaginarem a Divindade de acordo consigo mesmos, olhando-a dentro de suas próprias perspectivas e aplicando-lhe um caráter em conformidade com suas próprias percepções da realidade e da vida, dizendo com isso que a Divindade só pode ser aquilo que elas determinam que seja, através de: ativismo religioso constante, práticas de modernas indulgências, vida de ascetismo, submissão cega à lideranças-ícones, alienação e poluição cerebral, além de todos os outros trâmites existentes nos mais variados seguimentos religiosos.
Do outro lado, os adeptos da "Corrente" se esforçam por viver uma religiosidade frívola, efêmera, libertina, filha de belial. São os cristãos nominais. Esses são a escória da terra, pois dizem que conhecem a Divindade, mas negam-na com suas práticas.
Tanto um quanto o outro estão na marginalidade, necessitando que lhes resplandeça a luz da verdade, para que voltem a razão e sejam livres das garras do diabo.

E essas religiosidades não são novidades. Pelo contrário, algumas delas são muito antigas. É por isso que fiz questão de citar o texto de Gálatas capítulo 6.

Existiram na incipiência do cristianismo alguns grandes conflitos entre as religiosidades, tendo no palco os cristãos-judaizantes, os pagãos convertidos à fé cristã, e os cristãos nominais.

Na Galácia, os cristaõs-judaizantes, não satisfeitos com a suficiência do "Está consumado", começaram a importunar os pagãos convertidos, dizendo que para serem salvos, eles deveriam se deixar circuncidar e guardar os preceitos da Lei de Moisés, sem isso eles estariam fatalmente perdidos.

A crise foi tão grave que se fez necessária a realização da primeira reunião de ministério que se teve notícia na história da recém-fundada igreja. Paulo e Barnabé, juntamente com outros irmãos, tiveram que ir de Antioquia em direção a Jerusalém, para defender a graça mediante a fé como único meio de salvação. Ao que parece, a decisão do concilio não foi inteiramente aceita pelos judaizantes que prosseguiram com o ensino do aperfeiçoamento da salvação (obtida pela graça mediante a fé) através da observância da Lei de Moisés (qualquer semelhança com santificação pentecostal é mera coincidência). E mais: não satisfeitos com isso, na sua truculência em defesa de Moisés, os judaizantes começaram a insurgir seus convertidos contra Paulo e contra sua mensagem. Tamanha foi a pressão exercida por eles que conseguiram seus intentos: desviaram da fé genuína toda a igreja dos gálatas.

Outro conflito aconteceu na igreja de Corínto, dessa vez tendo como protagonistas os cristãos nominais (liberalistas).

A igreja de Corínto teve tudo para ser a maior agência de Deus na terra. Se existiu um lugar onde se podia sentir a efervescência dos carismas, esse lugar era a igreja corintiana (argh! Desculpe, sou tricolor). Lá todos recebiam a manifestação do Espírito Santo, dada a cada um para o que for útil. Eles falavam línguas, interpretavam-nas, profetizavam, discerniam espíritos e tudo o mais da doutrina carismática. Talvez por se sentirem tão a vontade, decidiram usar sua liberdade para dar ocasião à carne, e então desenvolveram uma mentalidade demoníaca de aceitação de pecados públicos, cuja natureza era tão satânica que sequer os pagãos ousavam praticar. E o pior era o fato de se orgulharem pelo tratamento superficial que deram ao caso, ao ponto de merecerem uma dolorosa repreensão do apóstolo Paulo. Isso sem falar no partidarismo que permeou essa igreja.
Conflitos como esses não ficaram na primitividade do cristianismo. Ainha hoje eles acontecem, aqui e agora, bem debaixo do nosso nariz.

De um lado gente adicionando mais e mais acessórios à fé. De outro, pessoas que estão pouco preocupadas se desonram ao Senhor.

De um lado os da "circuncisão" (que originalmente nada mais era que um sinal dado aos patriarcas, físico, que representava a escolha de Javé e simbolizava a aliança de Deus com Abraão), tentando levar as pessoas ao legalismo e práticas de rituais, bem como muitos em nossos dias têm tentado fazer, carregando de "igregismos" os fiéis, atando fardos pesados de se carregar, os quais, esses mesmos "mestres" não movem um único músculo para transportá-los, forjando assim uma geração de crentes intelectualmente castrados, sem direito a desenvolver suas idéias e seus ideais, vivendo sob uma lei da mordaça, impedidos de expressar suas opiniões sob pena de serem taxados de subversivos, amedrontados pelo sarcasmo de homens que pensam possuir as prerrogativas divinas para amaldiçoar qualquer um que pareça ameaçar sua pseudo-liderança. Esses mesmos homens que têm trocado a glória do Deus incorruptível por imagens bem produzidas, como disse Paulo: "...querem mostrar boa aparência na carne...", esses têm suposto que o reino de Deus precisa de uma cara, de um estereótipo, ser aparente, visível. Enquanto Cristo nos diz que o reino de Deus não vem com aparência exterior. Ele não pode ser visualizado. Não podemos dizer: ei-lo aqui ou ei-lo ali. Pois o reino está dentro, em nós.

Fé é algo muito mais subjetivo do que se pode imaginar. Não dá para racionalizá-la. Não dá para metrificá-la. Nossos logicismos não conseguem alcançar a complexidade do reino de Deus.

O espírito religioso dessa gente tenta nos convencer de que é fácil: você ore, jejue, leia a bíblia, dê gordas contribuições, participe de todas as campanhas, leve para sua casa os objetos ungidos que recebe nas reuniões e os coloque em lugares estratégicos como verdadeiros amuletos, não ouça músicas "mundanas" (se eu fosse deixar de ouvir músicas "mundanas", teria que parar com a maioria das "gospel"), não assista novelas, afinal todas elas são consagradas aos demônios e ensinam as pessoas a serem adúlteras e pecadoras (engraçado, sempre pensei que essas coisas procediam do interior do homem. Bem, acho que Jesus se equivocou.), portanto sua parte está feita, agora Deus vai ter que te abençoar. Você já preparou o ambiente para o milagre, agora Deus vai ser obrigado a te dar (eu já ouvi isso de um "bispo", acreditem.), pois ele viu o seu esforço e ele não é injusto para se esquecer do trabalho das suas mãos.

Mas as equações de Deus são muito mais complicadas do que nossa mente corrompida consegue resolver. A "facilidade" pregada pelos religiosos do "Caminho" é totalmente antagônica ao espírito da fé. A fé em Cristo, que é fruto de Sua graça, nos convida a parar de fazer esforço, de correr atrás das bênçãos e simplesmente crer. E esse é o desespero dos religiosos, pois Deus se apresenta a eles dizendo que não precisa da sua ajuda. Tem gente que tem pavor disso. Só de pensar que Deus não precisa dele para nada, o cara entra em parafuso. Mas a culpa não é dele, ele foi domesticado assim.

Na outra ponta do iceberg estão os da "incircuncisão". Aqueles que pensam ter um "parceirão" assentado no trono. "Estou assim com ele", dizem eles apontando para cima. Cantam a plenos pulmões: "Tudo o que eu quiser, o cara lá de cima vai me dar". Chamam Jesus de você, dizem que Jesus é "muito louco". Já ouvi uma episcopisa famosa dizer que Jesus é "O Pirado", fantástico isso!
Nossa geração é a mais "apaixonada" por Jesus. Tem horas que existe tanta paixão, que mais parece que Jesus, com todo o respeito, é um mulherão, e os "levitas" parecem adolescentes embasbacados, ardendo em desejos. Quando leio o Salmo 24 e percebo todo o ritual para a entrada triunfante do Rei da Glória no palácio celestial, me pergunto se algum anjo correu para abraçá-lo, dizendo estar apaixonado. Não tenho nada contra ser apaixonado por Jesus, eu também sou. Minha preocupação é se essa paixão é fruto de uma realidade de vida cristocêntrica e vai perdurar até virar amor. Se atender a esses dois requisitos é válida, senão é lixo!
E não sou eu quem diz isso. É a Palavra Eterna: Em Cristo nada disso tem valor!
Lixo. Lixo. Lixo. Lixo. Lixo. Lixo. Lixo. Lixo. Lixo, outra vez digo: L-I-X-O, LIIIIXXXOOO!
Fogueira Santa de Israel: Lixo.
Troca de Anjo: Lixo.
Vígilia dos 318: Lixo.
Rosa Ungida: Lixo.
Noite da Benção: Lixo.
Segunda de Primeira: Lixo.
Barganhas com Deus: Lixo.
Campanhas de 7, 14, 21, 852 semanas: Lixo.
Libertinagem: Lixo.
Cristianismo Nominal: Lixo.
E por aí vai. Dá para ficar uma semana enumerando os lixos religiosos.
Mas no meio dessas duas vias, existe a redenção! Glória a Deus! Aleluia!
Uma linha fina que resta ao meio desses dois caminhos de morte oferecidos por essas religiosidades. Fina. Estreita. Quase imperceptível, mas que está lá. Se você ainda não a percebeu, talvez seja por ainda estar com o rosto coberto pelo véu da religião. Tire-o, em nome de Jesus e verifique de novo. Lá, entre tudo aquilo que nos é apresentado como doutrina ou supreção dela, como dogmas ou total ignorância deles, como escravidão ou liberdade sem responsabilidade. O caminho está lá! Encoberto, mas está lá!
E essa linha fina existe, se materializa simplesmente por aceitarmos que, segundo Jesus e não segundo as religiosidades, o único valor reside no fato de que, por causa da cruz, onde estou crucificado para o mundo e o mundo para mim, por causa disso e tão somente por isso, eu sou nova criatura!
Se há algum valor, ele está em ser uma nova criatura, que agora existe em Cristo, por Cristo e para Cristo. De acordo com Cristo. Em conformidade com Cristo.
Por que fora de Cristo, tudo é religiosidade!
Ainda que tenha aparência, senão for em Cristo, é religiosidade!
Lembra-se do vale de ossos sequíssimos?
Enquanto Ezequiel profetizava houve ruídos, rebuliço, os ossos se achegaram cada um ao seu lugar, vieram nervos, cresceu a carne e estendeu-se a pele, e aí? Mudou alguma coisa? Só a aparência! Agora o visual estava melhor, mas os ossos continuavam lá, caídos, mortos. Eles só reviveram e se colocaram em pé quando o espírito entrou neles!
Assim são as religiosidades! Apenas melhoram o visual. Nunca produzem vida!
Apenas o sopro do Espírito de Deus, revelado em Cristo, pode trazer vida à nossa morte!
Esse é o valor! Valor de ser uma nova criação!
Reflita sobre isso!
No Amor Daquele que, para a liberdade nos libertou, para que nunca mais nos colocassemos debaixo do jugo da servidão!
Deus te abençoe!
Adriano Roberto
14/08/2008








sexta-feira, 1 de agosto de 2008

SUCESSO ALGUM JUSTIFICA O FRACASSO DE UMA FAMÍLIA



DAVI, SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS, MENOS NA FAMÍLIA.

Atos dos Apóstolos capítulo 13 versículo 22

E, quando este foi retirado, levantou-lhes como rei a Davi, ao qual também deu testemunho, e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, homem conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade.

II Samuel capítulo 12 versículo 10

Agora, pois não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste, e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher.

Eu gostaria de começar fazendo uma pergunta: O que é preciso para alguém se tornar um homem segundo o coração de Deus?

E para respondermos, precisamos saber o que significa ser “conforme o coração de Deus”.

A grande maioria das vezes em que a bíblia fala sobre coração, ela não está se referindo a bomba sanguínea que alimenta todo nosso corpo. Quando se refere ao coração, aqui e em vários outros textos, ela está falando, em termos bem simples, sobre o centro da atividade da vida, ou seja, sobre a totalidade do ser, representada pelo coração.

Então um homem, e que bom que a bíblia fala que Davi é HOMEM segundo o coração de Deus e não que ele é um super-homem, um anjo, um arcanjo, querubim, Serafim, semi-deus ou algo parecido, mas fala que ele é HOMEM, que tem limitações, defeitos, manias, taras, que precisa se alimentar, tomar banho, soltar gases (credo pastor, isso é coisa que se escreva aqui), que se entristece, falha, peca (e saber disso faz toda a diferença).

Então esse HOMEM segundo o coração de Deus nada mais é do que alguém que existe de acordo com o caráter de Deus e tudo o que ele é e faz, é baseado naquilo que Deus é e faz.

Se perguntarmos para algumas pessoas, poderemos ter estas respostas:

O sistema religioso em vigência, recheado de dogmas, dirá que é preciso pagar o preço. Apesar de nem eles saberem ao certo no que consiste esse “preço pago”.

A corrente teológica que vê dinheiro em tudo certamente dirá que só é preciso pagar.

Os conservadores reformados talvez digam que é necessário seguir certa doutrinação teológica ortodoxa.

Os pentecostais tradicionais de plantão certamente dirão que é importante orar muito, jejuar o mesmo tanto e ler a bíblia um sem números de vezes (apesar de a nossa geração ser a mais biblicamente analfabeta de todas, todos concordamos e incentivamos os outros a lerem a bíblia).

Os neo-pentecostais irão além: é preciso orar muito, jejuar o mesmo tanto, ler a bíblia um sem número de vezes (apesar de nossa geração ser a mais biblicamente analfabeta de todas, todos concordamos e incentivamos os outros a lerem a bíblia – vale a pena repetir), sumir no monte, participar de campanhas de 21 semanas e se você perder uma, recomeçar do zero.

Os liberais dirão com certeza que já os são, apesar de seu estilo de vida dizer exatamente o contrário.

Outros dirão ainda que não têm uma opinião formada sobre o assunto.

Há, existe ainda o grupo dos “achólogos” que sempre tem uma opinião sobre todo e qualquer assunto, mesmo não dominando assunto nenhum.

Mas a verdade é que, não importando a visão particular de quem quer que seja, as Escrituras dão conta que existiu um homem do qual o próprio Javé deu testemunho de que era segundo o seu coração.

Esse homem é Davi. Ninguém mais em toda bíblia ostentou um título tão nobre como esse.

A bíblia fala de Abraão, o amigo de Deus. Fala de Jacó, amado por Deus. De Esaú odiado por Deus. De José, exaltado por Deus, entre outros. Mas como fala a respeito de Davi, só dele e de mais ninguém.

E eu fico me perguntando o que Deus viu em Davi que lhe chamou tanto a atenção?

Uma pista talvez seja a disposição de Davi em amar ao Senhor acima de tudo, de todos e de todas as circunstâncias.

Ninguém amou tanto ao Senhor Deus como Davi. As repetidas declarações de amor a Deus, feitas por ele em seus escritos, principalmente nos Salmos deixa bem clara a beleza de seu amor por Jeová.

Davi amou a Deus com todo o seu ser, e penso que por devotar a Ele tanto amor, o Senhor lhe deu esse título: homem segundo o meu coração.

As realizações de Davi também nos dão algumas pistas de como pode ser o comportamento de um homem que é segundo o coração de Deus.

Senão vejamos:
- Davi, ainda que tenha pecado de maneira sórdida contra o Senhor e contra Urias, foi um dos poucos reis que nunca se dobrou a outro Deus que não fosse o Eterno.

- Davi, apesar de ser de família pobre e de ter se tornado pastor de ovelhas, tarefa familiar que era reservada para os filhos menos dignos, nunca se deixou abater por sua condição.

- Davi, na solidão do deserto, poderia facilmente ter fugido quando seu rebanho foi atacado por um leão e um urso. Afinal de contas, as ovelhas não iriam contar para ninguém mesmo. Mas ele não se esquivou e lutou bravamente para salvar algumas simples ovelhinhas.

- Davi não se assustou diante de Golias como os demais israelitas, e decidiu defender a honra do Deus de Israel, lutando contra o campeão filisteu.

- Davi era um verdadeiro adorador por excelência. Praticamente metade do Saltério foi escrito por ele. Davi foi músico e instituiu a música oficialmente como forma de louvor e adoração a Deus, além de criar, ele próprio, vários instrumentos musicais.

- Davi sabia respeitar a unção de Deus sobre as outras pessoas. Duas vezes teve oportunidade para matar seu pior inimigo, Saul, mas não o fez por respeito a unção de Deus que estava sobre Saul.

- Davi se preocupava com as coisas de Deus, e quando a arca da aliança estava longe, não se deteve e mandou buscá-la.

- Davi lutava as guerras do Senhor e as vencia. Derrotava os inimigos do povo de Deus.

- Davi conseguia motivar as pessoas a serem leais a Deus.

- Davi recompensava seus amigos e pessoas que o ajudavam.

- Davi era um grande conquistador.

- Davi sabia o valor do culto a Deus e das ofertas, ao ponto de dar todo o seu ouro e toda sua prata para construção do templo.

Davi foi sem sombra de dúvidas um homem segundo o coração de Deus. Um grande herói de Jeová. Um exemplo de coragem e amor a Deus.

Porém (e que pena que na vida de Davi exista um porém), quando o assunto é família Davi não é, nem de longe, um exemplo a ser seguido; ou melhor é um exemplo a não ser seguido.

Talvez por ser um ativista, Davi não conseguiu ser um bom chefe de família. Estava sempre ausente, envolvido em suas expedições de guerra e conquistas.

O melhor e maior rei da bíblia, também foi o pior pai e chefe de família.

Tudo começou com o adultério, motivado por uma desocupação mental e braçal a que Davi se permitiu. Depois de seu relacionamento ilícito com Bate-Seba, sua vida familiar entrou em uma decadência moral e espiritual que a levou à ruína.

A história é triste:
Amnom seu filho, se apaixona por sua própria irmã Tamar e resolve violentá-la sexualmente.
O irmão de Tamar, Absalão decide vingar a honra de sua irmã e mata Amnom.
Absalão foge e fica três anos longe de casa.
Davi manda buscar Absalão e não permite que o mesmo veja seu rosto.
Absalão se rebela contra o próprio pai e deita-se com suas concubinas em plena praça pública.
Absalão morre em um confronto com o exército de seu próprio pai.
E quando Salomão assume o trono, manda matar seu irmão Adonias.

E o que Davi fez diante de tudo isso?

Nada! Calou-se quando Amnom abusou de Tamar. Calou-se quando Absalão matou Amnom. E assim por diante, sempre se calando, se omitindo, se esquivando. Que chefe de família medíocre. Não foi capaz de tomar as rédeas de sua casa quando essa mais precisou dele. Deixou que ela fosse totalmente destruída pelo simples fato de não se posicionar como um líder. Ser segundo o coração de Deus fez de Davi um herói na rua, mas um derrotado em sua casa.

E essa história tem se repetido. Em busca de uma posição social e financeira melhor, muitos chefes de família têm aberto mão de suas casas, deixando de dar a seus cônjuges e filhos a bênção de sua presença. Outros têm recheado seus familiares de presentes e coisas, quando tudo o que eles queriam era poder ver o rosto ou apenas ouvir a voz do líder do lar.

Nossa nação vive um período de inversão de valores. Aquilo que era bom e puro em outras gerações, hoje é visto como caretice ou babaquice. As pessoas vivem um ativimismo exacerbado em nome do conforto e da realização pessoal. Ter mais, cada vez mais. Essa é a meta da maioria das pessoas, em detrimento do ser melhor, cada vez melhor.

Parece que os relacionamentos não têm a mesma importância de alguns anos atrás, quando as famílias ainda se assentavam à mesa para uma refeição. Nossa rotina frenética, às vezes psicodélica, tem nos levado à muitas doenças físicas e psicológicas, escravizando aqueles que estão à nossa volta, obrigando-os à viverem privados de nossa presença. Estamos pagando um preço alto por esse abandono às raizes familiares. E os que mais sofrem são aqueles que menos interferem nesse processo: nossos filhos!

Não permitamos que nossa casa seja destruída por nossa ausência ou por nossa omissão. Nos levantemos como líderes familiares segundo o coração de Deus.

É isso que realmente importa. Chegar ao final de nossa jornada e ter uma história familiar diferente daquela que foi contada por Davi, é isso que realmente vale a pena. Conquistar, vencer na vida, atingir nossos sonhos de realizações pessoais e galgar uma posição social melhor, nós faremos, mas, somente se não formos obrigados a sacrificar nossa casa.

Sucesso algum justifica o fracasso de uma família.

Pense muito nisso!

No Amor Daquele que nasceu da descendência de Davi, ao qual o próprio Davi lhe chama Senhor, e que está assentado à destra do poder de Deus até que ponha seus inimigos por escabelo de seus pés!

Deus te abençoe!

Adriano Roberto
01/08/2008
http://www.adrianoroberto.blogspot.com/